A televisão, o cinema e o vídeo, CD ou DVD – os meios de comunicação audiovisuais – desempenham, indiretamente, um papel educacional relevante. Passam-nos continuamente informações, interpretadas; mostram-nos modelos de comportamento, ensinam-nos linguagens coloquiais e multimídia e privilegiam alguns valores em detrimento de outros.
A informação e a forma de ver o mundo provêm fundamentalmente da televisão. Ela alimenta e atualiza o universo sensorial, afetivo e ético das crianças e jovens de forma mais despretensiosa e sedutora, o que torna mais difícil para o educador contrapor uma visão mais crítica, um universo mais abstrato, complexo e na contra-mão da maioria como a escola se propõe a fazer.
Esse reconhecimento significa que os procesos educacionais convencionais e formais, como a escola, não podem ignorar essas linguagens para o conhecimento e exigir somente o desenvolvimento da escrita e do raciocínio lógico, precisa valorizar esta iconosfera tão atraente e, em conseqüência, tão eficiente para o processo aprendizagem.
É fundamental que a criança aprenda a equilibrar o concreto e o abstrato, a passar da espacialidade e contigüidade visual para o raciocínio seqüencial da lógica falada e escrita. Não se trata de opor os meios de comunicação às técnicas convencionais de educacionais de educação, mas de integrá-los, de aproximá-los para que a educação seja um processo completo, rico, estimulante.
Em conseqüência disso, precisa-se estabelecer pontes efetivas entre educadores e meios de comunicação. Educar os educadores para que, junto com os seus alunos, compreendam melhor o fascinante processo de troca, de informação-ocultamento-sedução,os códigos polivalentes e suas mensagens. Educar para compreender melhor seu significado dentro da nossa sociedade, para ajudar na sua democratização, onde cada pessoa possa exercer integralmente a sua cidadania.
Essa relação Comunicação, Meios de Comunicação e Escola se dá em três níveis: organizacional, de conteúdo e comunicacional. Desenvolver a inteligência, as habilidades e principalmente, as atitudes significa educar para a vida, ou seja, ajudar o educando a encontrar um eixo fundamental para a sua vida, a partir do qual possa interpretar o mundo (fenômenos de conhecimento), desenvolva habilidades específicas e tenha atitudes coerentes para a sua realização pessoal e social.
As tecnologias são pontes que se abrem a sala de aula para o mundo, que representam, medeiam o nosso conhecimento do mundo. São diferentes formas de representação da realidade, de forma mais abstrata ou concreta, mais estática ou dinâmica, mais linear ou paralelea, mas todas elas, combinadas, integradas, possibilitam uma melhor apreensão da realidade e o desenvolvimneto de todas as potencialidades do educando, dos diferentes tipos de inteligência, habilidades e atitudes.
A educação é um processo de construção da consciência crítica. Essa construção começa com a problematização, seguida da recontextualização e finalizando com a síntese. A educação para a comunicação precisa da articulação de vários espaços educativos, mais ou menos formais como o meio familiar, a relação comunicação-escola, comunicação-comunidade.
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